domingo, 6 de dezembro de 2009

Quando olhei para cima


Rua abaixo, estava eu a caminhar,
Lentamente, procurava om toda a minha ansia
Essa tua doce face que contém o teu olhar
Que eu jurei um dia, para sempre amar.

Rua abaixo, rua acima
Por viela atrás de viela
Não fazia a mais pequena ideia
De onde poderia estar a tua face tão bela.

Tudo se desvanecia,
Nada me fazia encontrar
Esse teu doce olhar
E loucamente lá eu me perdia.

Desesperado, sentado no chão
Sem qualquer esperança de ver o teu coração
Olho para cima, e lá te vejo
A face com o teu olhar pregrado no meu, celado num beijo.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

O jovem actor que lutava



Dia-à-dia, o jovem actor,
Que as suas ideias era capaz de propor,
Lutava pela sua vida que era a arte
E fazia de si parte.

Lá no palco, sob as luzes encantadoras,
O jovem actor actuava para as musas devoradoras.
Cruéis criaturas sem coração,
Que dariam tudo pela sua mão.

Peça a peça, acto a acto,
E logo de seguida mais um contracto,
O jovem actor, triste, lutava
Por uma vida que um dia disse que amava.

Sentado no café com cigarro na boca,
Olhando o cinzeiro apagado,
O jovem actor se foca
E procura por si mais um bocado.

Olhando o horizonte desatento,
Enquanto as ondas desenrolam ao som do vento
O jovem actor saboreia o ar,
Como a pequena e jovem menina do mar.

Projector na face, texto na mente,
Sem por um dia poder estar doente,
Palavra a palavra, ele falava
O jovem actor que lutava.