terça-feira, 27 de outubro de 2009

O jovem actor que lutava



Dia-à-dia, o jovem actor,
Que as suas ideias era capaz de propor,
Lutava pela sua vida que era a arte
E fazia de si parte.

Lá no palco, sob as luzes encantadoras,
O jovem actor actuava para as musas devoradoras.
Cruéis criaturas sem coração,
Que dariam tudo pela sua mão.

Peça a peça, acto a acto,
E logo de seguida mais um contracto,
O jovem actor, triste, lutava
Por uma vida que um dia disse que amava.

Sentado no café com cigarro na boca,
Olhando o cinzeiro apagado,
O jovem actor se foca
E procura por si mais um bocado.

Olhando o horizonte desatento,
Enquanto as ondas desenrolam ao som do vento
O jovem actor saboreia o ar,
Como a pequena e jovem menina do mar.

Projector na face, texto na mente,
Sem por um dia poder estar doente,
Palavra a palavra, ele falava
O jovem actor que lutava.

2 comentários:

Raul Martins disse...

André, estás com uma inspiração fabulosa e deveras interessante.
Parabéns.
.
Uma dica: corrige o dia-à-dia ( o -à- deve ser sem acento). Depois apagas este comentário.
.
Um abraço

Raul Martins disse...

Que o palco da tua poesia continue a brotar poemas bonitos e interessantes.
.
Parabéns.