quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Vou...

Mais um lento passo de corrida, para o objectivo que quero atingir. O coração bate rápidamente, e cada vez mais, à medida que o tempo avança para a meta.
Sinto vontade de gritar e dizer "Eu existo!", mas sinto que não o devo, para já... Preciso de aguardar pelo momento certo, pelo momento em que os olhos de todos irão estar postos em mim.
Cada vez se torna mais dificil o caminhar, portanto é um andar lento e cheio de esperança com um fim inexistente.
É a vida que escolhei, e por muito que tentem, não a troco por outra.



sábado, 23 de fevereiro de 2008

Puto



Não consigo compreender como é que tu não atinges o facto de estares errado. Será que não vês um palmo à tua frente? Talvez devesses tiras as palas de cavalo que tu a ti próprio vestiste.

Já era altura de cresceres e tomares conta de ti, como um menino crescido. Mas não, insistes em fazer asneira e errar, mesmo com o mundo o inteiro a gritar um aviso. Depois claro, vens para o meu ombro lamentar que nunca mais aprendes e dizer que és uma merda insensivel.

Já pensas-te que talvez o és porque assim queres? Ou custa-te olhar para o mundo que te rodeia?

Não sei se algum dia irás mudar, mas se vais, é bom que o faças depressa e não te iludas a ti próprio como já o fizeste. Porque para te mudar não pode ser só perante os outros, deve ser também perante ti mesmo, senão qualquer dia magoas-te a sério, e quero ver quem vai estar lá para te apoiar...

Cresce, puto!

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Que sou eu

Apetece-me correr sobre a água, e correr por aí... Sentir a briza fresca a tocar a minha face, e ver o teu suave olhar ao longe no horizonte. Talvez tenha estado sempre lá, mas se esteve, talvez nunca esteve a brilhar tanto quanto agora.
Esses teus olhos inquisidores, chamam-me para a razão, para o que sempre lá esteve e nunca vi. É bom sentir que finalmente sei... Que finalmente está bem!


Não sei, ou talvez sei que é assim, mas verdadeiramente nunca o soube. Estou hoje decidido a escolher e optar pelo que me faz falta. Vou terminar a caminhada? Não, vou só começar mais outra, e espero ser bem mais longa que a anterior e muito mais correcta.

Mas também, que sou eu, se não mais outro homem?

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

O intocável


A chuva simples e pura
Circunda a minha silhueta
E é como se o nada
Me tentasse abraçar sem sucesso

Procuro um simples olhar
Mas todos se afastam ao meu passar
Lá dou mais um longo caminhar
Só porque uma vez na vida queria poder-te tocar

Quero um simples sentir
Quase como ver uma lampada a luzir
Assim, calma e friamente
Como toda a dor me mente

Talvez um dia irei por aí
E me perderei, por ti
Assim não mais sofrerei
Do que por ti perderei

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

O inicio de um rascunho


Decidi, finalmente, iniciar a minha "carreira" nos blogues. Não é algo que sempre tenha desejado, mas porque se vê cada vez uma maior adesão.
Talvez também porque muitas vezes sinto a necessidade de escrever, e não tenha onde o fazer, ou se o faço é em privado. Sim, acho que é algo que nos faz bem, serve para nos limpar a alma, como a minha professora de Português bem o diz.
Sinto cada vez mais que a escrita, é uma libertação para nós mesmos. Não é necessário que sejamos grandes escritores, nem nada parecido, nem convém sequer, contar que os nossos textos algum dia vão ser lidos, ou sequer se vão ser publicados em livros. Devemos reduzir-nos à nossa pura insignificancia e escrever, deixar as palavras fluírem das nossas mãos, tanto no teclado, como com uma simples caneta.
E talvez, nós se lermos esses textos vê-mos um belo rascunho da nossa vida, de um lado que nunca tinhamos reparado, nem sequer pensássemos que existisse. Até porque ninguém vai compreender esses textos, tal e qual como nós compreendemos...